Lar Maternidade Autoridades brasileiras alertam contra a gravidez em um movimento sem precedentes na saúde pública
Autoridades brasileiras alertam contra a gravidez em um movimento sem precedentes na saúde pública

Autoridades brasileiras alertam contra a gravidez em um movimento sem precedentes na saúde pública

Anonim

As autoridades de saúde brasileiras chocaram o mundo alertando as mulheres no Brasil contra a gravidez, segundo a CNN. A razão desta notícia surpreendente? As autoridades recentemente associaram um aumento nos casos de microcefalia de recém-nascidos, uma condição neurológica grave, a mães grávidas infectadas com febre do zika, um vírus transmitido por mosquitos. A natureza exata do link não está totalmente estabelecida, mas os médicos notaram que o aumento da microcefalia coincidiu com o aumento do zika, especialmente no nordeste do Brasil.

Quando os pesquisadores posteriormente estabeleceram que a maioria dos bebês nascidos com microcefalia tinha mães que relatavam sintomas semelhantes ao zika, havia evidências suficientes para o Ministério da Saúde do Brasil divulgar uma mensagem ao público. "Esta é uma situação sem precedentes, sem precedentes na pesquisa científica mundial", afirmou o site do ministério, segundo a CNN. Angela Rocha, infectologista pediátrica do Hospital Oswaldo Cruz no Brasil, disse à CNN que, embora engravidar seja uma "decisão pessoal", os médicos no Brasil recomendam que as mulheres ao menos considerem adiar.

O aumento da microcefalia tem sido dramático. Em 2015, o Brasil registrou 2.782 casos de suspeita de microcefalia, um aumento de cinco vezes em relação à média anual desde 2010, de acordo com a Bloomberg View. O distúrbio raro, caracterizado por um tamanho pequeno da cabeça, não tem cura e leva a uma ampla gama de problemas significativos de desenvolvimento, de acordo com a Clínica Mayo. Não é surpresa, portanto, que médicos e autoridades de saúde brasileiros levem o provável vínculo ao zika muito a sério.

Autoridades de saúde disseram à CNN que o zika pode ter sido introduzido no ano passado por turistas da Ásia e do Pacífico Sul que vieram ao Brasil durante a Copa do Mundo de 2014. A febre do zika foi descoberta pela primeira vez em Uganda em 1947 e é uma das muitas doenças transmitidas pelo notório Aedes aegypti, uma espécie de mosquito responsável pela disseminação da dengue e febre amarela aos hospedeiros humanos.

Desde que apareceu no Brasil em 2014, pelo menos meio milhão de pessoas foram infectadas com o zika, segundo a CNN. Freqüentemente, os afetados não apresentam sintomas, o que dificulta o rastreamento da doença. Para piorar a situação, apenas 16 laboratórios controlados pelo governo no Brasil estão autorizados a executar o complexo processo de teste do zika, de acordo com o The Chicago Tribune. Os sintomas durante o início da gravidez - quando são mostrados - incluem febre leve, erupção cutânea e dores de cabeça.

A questão na mente de muitas pessoas, é claro, é se a febre do zika continuará a se espalhar. Por enquanto, a resposta é incerta. A febre do zika surge ocasionalmente no Pacífico Sul e em áreas da Ásia, embora nunca tenha havido uma pandemia grave. Segundo a CNN, há temores de um grande surto no Rio de Janeiro. Por enquanto, porém, a maioria dos casos permanece no nordeste do Brasil.

Infelizmente, os pesquisadores podem levar anos para entender melhor a conexão entre microcefalia e febre do zika. Por enquanto, as mulheres no Brasil precisam levar em consideração os avisos e decidir o que é melhor para si e para suas famílias.

Autoridades brasileiras alertam contra a gravidez em um movimento sem precedentes na saúde pública

Escolha dos editores