Deixando cair "a mãe de todas as bombas", as forças americanas teriam atingido um complexo de túneis do Estado Islâmico no Afeganistão na quinta-feira. Em uma declaração, o Pentágono garantiu ao público que as forças "tomaram todas as precauções para evitar baixas civis com esse ataque", mas quantos civis foram mortos pela bomba no Afeganistão, se houver? Até agora, "não houve relatos imediatos de baixas civis", segundo o The Los Angeles Times. Sher Nabi, comandante da polícia afegã local, retransmitiu que a bomba matou "muitos militantes", além de destruir suas armas.
ATUALIZAÇÃO: Em comunicado divulgado a Romper na quinta-feira, um porta-voz do Departamento de Defesa disse a Romper que as autoridades "não haviam visto nenhum relatório de vítimas civis" até agora.
ANTECEDENTES: A bomba não nuclear GBU-43, também chamada de explosão aérea maciça de material bélico (MOAB), foi lançada pelos Estados Unidos na província de Nangahar, onde "forças afegãs apoiadas pelos EUA estão lutando contra o Estado Islâmico". Com 30 pés de comprimento e 21.600 libras, o MOAB é a "maior bomba convencional do arsenal americano", segundo o The New York Times. Quinta-feira marca o primeiro uso da bomba MOAB em combate. Foi derrubado por uma aeronave MC-130.
Explicando a estratégia por trás do uso da bomba, o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, declarou:
Visamos um sistema de túneis e cavernas que os combatentes do ISIS usam para se movimentar livremente, facilitando o ataque a conselheiros militares dos EUA e forças afegãs na área.
O general John W. Nicholson, comandante das forças americanas no Afeganistão, explicou ainda mais o uso da bomba, insistindo: "Esta é a munição certa para reduzir esses obstáculos e manter a dinâmica de nossa ofensiva contra o ISIS-K". Nicholson também enfatizou que os combatentes do EI atualmente "estão usando IEDs, bunkers e túneis para engrossar sua defesa", e que a bomba MOAB foi um ataque a essas defesas.
Atualmente, existem cerca de 8.400 soldados dos EUA no Afeganistão que estão trabalhando para executar outras operações antiterroristas contra o EI, muitos localizados na província onde ocorreu a queda da bomba do MOAB. A CNN afirmou na quinta-feira que "a extensão dos danos e se alguém foi morto ainda não está claro. Os militares estão atualmente realizando uma avaliação". Ainda assim, o New York Times observa que "o Pentágono tem sofrido críticas crescentes de que, à medida que intensificou a luta contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, o número de mortos civis aumentou drasticamente".
Em todo o mundo, os cidadãos estão preocupados com o impacto de uma dessas armas, especialmente se usadas de maneira inadequada. Até que as forças armadas dos EUA investiguem mais sobre as baixas, civis e outras, o impacto total da bomba permanecerá incerto.