No momento, não há vacina ou tratamento para o zika, embora o vírus transmitido por mosquitos deva chegar aos Estados Unidos nas próximas semanas, pois o clima continua quente. As autoridades de saúde pública estão alertando as pessoas para limitar a exposição ao mosquito transmissor do vírus, tomando precauções como usar repelente de insetos e roupas que cubram os braços e as pernas. Embora os efeitos do vírus em adultos sejam geralmente insignificantes, os resultados de bebês nascidos de mães que o contraíram durante a gravidez são muitas vezes catastróficos, porque levam a defeitos congênitos significativos. Assim, os pesquisadores médicos estão procurando maneiras de combater o vírus, e um novo desenvolvimento da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts sugere que o zika poderá em breve ter um tratamento.
Os cientistas descobriram uma proteína que existe no corpo humano e também tem a capacidade de impedir a propagação do zika quando uma pessoa é infectada, informou o The Economic Times. A proteína, oficialmente chamada IFITM3, também pode impedir o vírus Zika de matar células humanas em alguns casos, e isso pode abrir caminho para novos tratamentos e terapias para impedir o vírus.
"Este trabalho representa a primeira análise de como nossas células se defendem contra o ataque do vírus zika", disse o professor assistente do UMMS, Abraham Bass, em um comunicado à imprensa. "Nossos resultados mostram que o vírus zika tem uma fraqueza que poderíamos explorar para prevenir ou parar a infecção".
Essencialmente, os pesquisadores descobriram que, quando mais proteína estava presente em um corpo humano ou de camundongos, a membrana celular era mais forte e impedia a entrada de vírus na célula, aumentando o potencial de infecção. O oposto era verdadeiro quando os níveis da proteína eram baixos.
"Este trabalho mostra que o IFITM3 atua como um dos primeiros defensores da linha de frente para impedir que o vírus Zika ponha as mãos em todos os recursos em nossas células que precisam para crescer", disse o pesquisador George Savidis, segundo o comunicado à imprensa. "O IFITM3 praticamente mantém o vírus Zika preso na terra de ninguém, onde não pode fazer nada para nos prejudicar."
Essa descoberta ocorre no momento em que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças ainda estão trabalhando para determinar a probabilidade de uma infecção no feto realmente levar a defeitos congênitos ou outros problemas, e estão tentando descobrir em que momento da gravidez o zika. afeta o feto. A microcefalia, que se manifesta em cabeças anormalmente pequenas e danos cerebrais, tornou-se o resultado mais reconhecível do zika desde que o vírus foi relatado pela primeira vez no Brasil no início de 2015.
Funcionários de vários setores estão trabalhando para encontrar maneiras de inibir a propagação do vírus Zika, antes mesmo de começar nos Estados Unidos e em países que lidam com surtos, principalmente na América do Sul, América Central e Caribe.. (Em alguns desses países, as mulheres são incentivadas a esperar para engravidar, ressaltando a seriedade do flagelo.)
O presidente Obama, por exemplo, está pedindo ao Congresso que aprove US $ 1, 9 bilhão em descobertas emergenciais, e uma empresa britânica de biotecnologia está buscando a aprovação do FDA para introduzir seus mosquitos geneticamente modificados na natureza na Flórida - uma medida que diz reduzirá drasticamente a população de Aedes aegypti, o mosquito vetor.
Já nos Estados Unidos, foram notificados 618 casos do vírus Zika, mas todos estão relacionados a viagens, o que significa que a pessoa infectada viajou para um país afetado e foi picada por um mosquito transmissor da doença ou teve relações sexuais com alguém que sim (oh sim, você pode fazer assim também). Em outros lugares, porém, a situação é ainda mais imediata e terrível, de modo que quaisquer descobertas e descobertas, como a da Universidade de Massachusetts, são desenvolvimentos muito, muito bem-vindos.