O setor de companhias aéreas está de volta aos holofotes, mas desta vez não são os passageiros que estão descontentes. Duas comissárias de bordo alegaram recentemente que a companhia aérea de baixo orçamento para a qual trabalham não contava adequadamente suas necessidades pós-natais. Os funcionários da Frontier Airlines alegaram que não tinham um lugar para bombear o leite materno, o que supostamente impedia sua capacidade de continuar trabalhando. Romper procurou Frontier para comentar, mas ainda não recebeu resposta.
As comissárias de bordo Jo Roby e Stacy Rewitzer alegaram que "elas foram forçadas a tirar uma licença não remunerada após o parto, quando a companhia aérea se recusou a fornecer acomodações que lhes permitissem bombear o leite materno durante o trabalho", informou o BuzzFeed News. A queixa foi apresentada à União Americana das Liberdades Civis do Colorado, bem como ao escritório de advocacia Holwell Shuster & Goldberg, e alegou que a incapacidade de Frontier de atender às necessidades das mulheres é uma questão discriminatória.
Galen Sherwin, advogado sênior da equipe do Projeto de Direitos da Mulher da ACLU, perguntou: "Como é que um trabalho que é majoritariamente feminino ainda não leva em conta a gravidez e a amamentação?" Sherwin pediu mudanças: "Está na hora de Frontier começar a atender às necessidades das trabalhadoras grávidas e que amamentam - dentro e fora da cabine de comando".
Em uma postagem no blog do site da ACLU, Roby descreveu sua suposta experiência com Frontier, antes e depois do bebê. "Em última análise", ela afirmou, "Frontier literalmente me forçou a escolher entre amamentar meu filho e fazer meu trabalho". Citando o fato de que "Frontier não tinha nenhuma política de amamentação em vigor" combinada com a falta de licença de maternidade paga, Roby alegou que "precisava ser criativa", bombeando no banheiro do avião sempre que possível, apesar de ser "desagradável" e "desafiador" para ela.
"Mesmo em minha própria base em Denver", afirmou ela, "minha única opção para bombear era sentar no chão do banheiro da família". Roby alegou que não tinha escolha a não ser deixar o emprego, alegando: "A Frontier não apenas se recusou a me ajudar a organizar um cronograma compatível com o bombeamento - foi ainda mais longe e me proibiu de bombear a bordo da aeronave".
Uma declaração de um porta-voz da Frontier Airlines nesta semana refutou as alegações dos funcionários. "Fizemos esforços de boa-fé para identificar e fornecer quartos e outros locais seguros para uso das comissárias de bordo durante a viagem de serviço", afirmou o porta-voz.
Este tipo de processo não é inédito para a companhia aérea. No ano passado, quatro mulheres piloto da Frontier também processaram por seus direitos de seio. Na época, a companhia aérea insistia que já estava em conformidade e que estações de bombeamento estavam disponíveis em todos os aeroportos nos quais operava.
Por seu lado, Roby afirmou que a companhia aérea ainda precisa mudar de rumo. "Ninguém deveria ter que escolher entre ser a mãe que ela quer ser e seguir a carreira que ama", afirmou Roby no processo, exortando a companhia aérea a acomodar mais completamente as mães que amamentam (embora a companhia aérea afirme que já o faz). Por enquanto, o processo está em andamento e, esperamos, será resolvido em breve.